sábado, 22 de outubro de 2011

Alguém especial



Hoje entrei em um bate papo, não queria mais fazer isso, e acabei por  fazer.
Sempre me julguei anormal, uma pessoa diferente, um modo de pensar oposto ao da maioria das pessoas.
Então resolvi entrar com o nick, ESTRANHO. O que mais li foi pessoas querendo saber o porquê eu era estranho.
A primeira vista todos me achariam normal, mas o problema é psicológico algo na minha personalidade. Enfim.
Eu sou diferente das pessoas ditas normais, das pessoas que curtem a vida e tão nem ai pra nada. Por mais que eu tente, acabo por voltar ao meu estado de tristeza. Mas não é disso que quero falar.
Quero falar de uma pessoa que conheci. Uma pessoa que tem a personalidade parecida com a minha, uma pessoa que escreve de uma forma parecida.
Acredite quem quiser, não levei fé quando vi o nick daquela garota que já me atrevo a chamar de amiga.
O nick dela era LoiraInteressante, imaginei ser uma pessoa totalmente diferente da que conheci.
Ela é sentimental, inteligente e tem um papo maravilhoso. Me entende muito bem, e parece pensar da mesma forma que eu.
Se hoje, duas horas depois de conhecê-la estou escrevendo isso. É uma forma de expor tamanha felicidade que sinto por conhecê-la.
E descobri. Podemos ser ambos estranhos diante a sociedade, mas nos compreendemos muito bem.
Um beijo enorme pra essa menina que hoje me fez um cara feliz.
" A menina com o maior coração que já vi."
Abraço a você que leu.

domingo, 16 de outubro de 2011

Pois é

Eu te invejo, e te invejo por ter um sonho e lutar. Eu nada sou, sou apenas mais um que um dia teve um blog. Jamais serei escritor, e nem sei porque escrevo. Não luto pelos meus sonhos nem luto por nada.  Muitos me disseram que Deus me deu um dom, espero morrer com ele. Eu cansei de querer impressionar  as pessoas, não to mais afim de escrever. Quem me conhece sabe que eu transmito essa forma poetica de escrever no dia-dia.  Eu escrevo assim para quem gosto e até pra quem eu odeio. Esse é meu jeito.  Talvez por dom ou por incistencia eu sou assim. Neste mundo, desejo o melhor a todos, e a mim tenho um unico desejo.  Ser feliz. Hoje eu não sou, nem escritor, nem feliz. Obrigado por doar seu tempo e ler isto.
( Não corrigi, e sim, sou realmente péssimo em gramatica.)
Isso eu escrevi para uma amiga no MSN, resolvi postar aqui.
Obrigado a todos que dedicaram seu tempo, e leram meus textos.
Talvez um dia eu volte a escrever, eu volte a postar.
Mas hoje, penso apenas que tenho que tentar ser feliz.
Um abraço enorme.

sábado, 1 de outubro de 2011

Em busca de companhia


A pior coisa de ser casado com uma Bióloga são as viagens a trabalho.
Dirigia meu carro lentamente pelas ruas do centro daquela imensa cidade, acreditava que seria apenas mais uma noite solitária. Por muitas vezes me perguntei o que Barbara estaria fazendo enquanto eu me masturbava folhando aquela velha revista pornô dos anos 90. O corpo da Barbara(minha esposa) não se comparava ao daquela jovem modelo da revista. Mas para mim era o mais lindo do mundo.
Passando diante da prefeitura vi aquela linda morena, caminhava de um lado para o outro parecendo atordoada. No primeiro olhar já decidi o que deveria fazer, eu dormiria acompanhado. Mesmo que tivesse que pagar por isso.
Estacionando o carro ao lado da calçada, abri o vidro do carona dando uma leve buzinada. Quando vi que caminhava em minha direção já gritei:
- Vamos pra onde meu amor?- Sinceramente não sabia como contratar os serviços de uma prostituta. - Vamos dar uma voltinha?
Caminhando devagar no alto do seu salto, veio até mim. Escorada na janela, fitou meus olhos:
-Pra onde quiser meu bem. Dou preferência para um lugar bem longe daqui.
- Gostaria de dormir acompanhado hoje, custa caro? – Minha voz passava um ar de vergonha.
- Depende o que o senhor quer, o preço varia de 50 a 200 reais, tudo depende do que faremos, do tempo que ficaremos juntos. – Ela falava tranqüilo como quem me oferecia um produto qualquer em um balcão de loja.
- Não tenho planos e desejos. Apenas sexo, o que rolar rolou!- Tentei parecer indiferente quanto ao valor.
- Tudo bem amor, podemos ir então.
Sorrindo embarcou lentamente no carro sua pele bronzeada me levou ao delírio ali mesmo.
Dirigindo sem mesmo prestar real atenção na estrada, fui para um motel que conhecia à beira da rodovia que saia da cidade. Sentada no banco do carona a jovem apenas fitava o rádio com os olhos.
-Quer colocar uma música? Fique a vontade!- Meus olhos fitavam o decote da jovem, quando ela se esticou para ligar o radio. –Tem CDs no porta-luvas!
Minutos depois chegamos ao motel, na recepção pedi por um pernoite, a garota sorriu triunfante para a recepcionista. Como quem dissesse. “Eu amo esse homem”.
Peguei uma suíte, não era a mais luxuosa do motel, mas não era nada simples. Em meus pensamentos tentei lembrar a última vez que fui a um motel com a Barbara.
- Qual o seu nome amor? – Seus lábios se esticavam em um sorriso triunfante. – Você tem cara de Mauricio!
Subimos as escadas abraçados como um casal apaixonado.
- Marcelo!- Respondi sorrindo.
- Ahh, que burra eu sou, vi teu nome nos documentos do carro quando peguei um Cd no porta-luvas, mas jurei ter lido Mauricio.
Aquela garota não parecia uma prostituta igual as que eu vi, e ouvi falar. Ela parecia inteligente e simpática demais.
Quando entrei, vi que tinha preservativos sobre a cama. Fiquei feliz ao ver, pois eu não tinha comigo.
Sentei na cama, ela foi chegando sobre mim, quando seus lábios tocaram os meus, veio a mim uma repulsa como que por espontânea. Eu a empurrei.
- Não quer beijo. – Ela sorriu torto. – Eu entendo.
-Desculpe, eu não consigo. – Muito nervoso eu tremia. – Sou casado, nunca trai. Amo minha esposa. Isso foi um erro!
- Calma amor, eu posso ir com calma. – Sussurrando em meu ouvido ela foi subindo as mãos em minhas costas em busca de tirar minha camiseta.
- Pare, por favor, isso é errado! – Sua pele quente sobre meu peito já nu me causava arrepios.
- Ok, me desculpe. – Sacudindo a cabeça já não parecia a mesma. – Quer me levar embora então? Te cobro o preço mínimo! Eu te entendo. Já me afastei de pessoas que amo, por erros menores que esse.
- Qual foi teu erro? – Uma curiosidade enorme caiu sobre mim.
- Abandonei minha família no interior para tentar a vida na capital, por ser inteligente achei que entraria logo em uma boa universidade pública. Enganei-me. Arrumei emprego aqui na cidade, fui morar com uma garota que nem conhecia. – O olhar da jovem era triste, mostrava um arrependimento enorme. – A Garota com quem morava é uma striper, demorei dias para descobrir. Literalmente ela leva o trabalho pra casa. Com ela conheci a cocaína.
- Desculpe, noto que se sente mal. Se quiser pode deixar, eu perguntei por impulso. – Eu a interrompi, pois notei ser nada bonita a história de vida que tinha pra me contar.
- É bom desabafar. – Secando as primeiras lagrimas que corria pelo seu rosto ela continuou. – Comecei a cheirar por carência, a droga me transportava para outra realidade. Por passar boa parte do tempo chapada, fui demitida do meu emprego por ter muitas faltas. Resolvi seguir minha vida, tentar viver sem drogas. Me afastei daquela amiga, aluguei um apartamento e fui morar sozinha. Uma semana sem emprego e já tinha cheirado meu fundo de garantia todo.
Notei que já estava inteiramente jogada nas drogas. Em dias eu estava nas ruas vendendo meu corpo. E aqui estou. Acredito que nunca farei faculdade, nunca serei realmente feliz. Serei apenas uma mancha nas ruas desta cidade.
Eu não sabia o que fazer, resolvi fazer o que era certo para mim.
- Fico triste pela sua história. – Respirei fundo e completei – Pagarei o taxi para você ir embora, eu tenho que chegar logo em casa. Quanto eu te devo?
- Deixa só os 50 reais, eu pago o taxi. - Sacando o telefone da sua bolsa, ela ligou para alguém que acredito que seja o taxista. Tapando microfone do telefone falou. – Se não se importa vou tomar um banho! Eu preciso continuar o trabalho, a noite está só no inicio.
- Vou deixar pago o motel, vou pagar a noite toda, se quiser pode ficar aqui. Aviso na recepção.
- Tá bom. Vou tomar um banho e já vou. – Virando as costas foi falando no telefone – Oi, sou eu mesma, me busca aqui no motel da rodovia? Sim sim, eu espero.
- Tchau. -Foi só o que eu falei.
Deixei cem reais sobre o frigobar, desci as escadas devagar. Peguei meu carro e dirigi para casa ouvindo o Cd que estava dentro do radio. Segundos depois notei que era o cd que havia ganhado de aniversario da minha esposa.
Cheguei em casa atordoado, uma luz verde da secretaria eletrônica piscava sobre a escrivaninha do canto da sala. Apertei o botão e ouvi uma mensagem que apenas dizia. ’’ Te amo meu bem, retorne’’.
Ligando para a Barbara descobri que ela estará de volta para o almoço. Mania dela de não ligar para o meu celular.
Relatei estes fatos em um texto, pois estou sem sono. Arrependo-me do que fiz. Mas o que mais me intriga são as perguntas que não querem calar. Onde estará a jovem prostituta? Será que retornarei a ver? O que já não deve ter suportado aquela jovem?