sábado, 23 de maio de 2015

Amor verdadeiro!

Nesse breve texto pretendo contar como conheci a Maria, e alguns fatos importantes até o dia em que começamos a namorar!



Vamos começar pelo início, acho melhor...

Era um domingo à tarde, estava começando o inverno de 2012, 1º de julho para ser mais preciso, como era de rotina, lá estava eu em uma sala virtual do site "Bate Papo UOL", sempre costumava entrar em salas gaúchas pois seria melhor conhecer pessoas do meu estado.
Quem algum dia entrou em um "Bate Papo" sabe que não é fácil obter atenção de alguém, ainda mais em uma sala cheia sendo você um homem querendo conhecer uma mulher. A sala 1 da cidade de Porto Alegre vivia cheia, então resolvi entrar sozinho na sala 2, a ideia era ficar na espera para ver se alguém iria entrar para falar comigo, não era a primeira vez que tinha feito isso e pensava que poderia dar certo.
Entrei com o nick (apelido) de "Solitário", estava sozinho na sala e também era assim como eu me sentia por muitas vezes em minha vida, um carente em busca de atenção.
Não lembro, mas talvez entraram outras pessoas antes dela, quando se tem alguém sozinho em uma sala é normal pessoas entrar para ver quem é, se é homem ou mulher, interessante ou não. Mas se entrou essa pessoa não foi importante e não despertou em mim o que ela despertou.
Algum tempo depois entrou uma garota, uma garota com o nick de "Loirinha Gremista". No ato pensei, deve ser uma menina fanática, a primeira pergunta vai ser:
-Curte futebol?
A segunda:
- Tu és gremista?
Já faziam cinco anos que eu frequentava salas de bate papo, conhecia garotas daquele tipo, e os perfis eram quase clássicos, porém naquele dia tive a alegria de estar errado, o gremista era um simples complemento ao nick. Logo depois dos primeiros cumprimentos, o clássico: Oi, tudo bem?
Ela me perguntou:
- Por quê está sozinho nesta sala?
Não lembro minha resposta, mas deve ter sido algo do tipo:
- Esperando a mulher da minha vida. Kkkk Brinks, a outra estava cheia. (Uma mentira mal contada).
Papo vai, papo vem, ela me disse morar em Cachoeira do Sul, lembrei que era longe, muito longe, já havia falado com pessoas de lá, até feito algumas amizades que até então não haviam saído do virtual.
Seu nome era Maria Antônia, falou que estudava, pareceu ser uma menina super legal, e era me encantou no ato pelo seu jeito meigo e super doce. Não lembro do que conversamos, mas se mostrou super querida com o desconhecido que se dizia solitário.
Não demorou muito para trocarmos endereços de nossas redes sociais, primeiramente o extinto MSN, trocamos nº de telefone, SMS e depois o Facebook.
Lembro que a foto dela quando adicionei no MSN era ela sentada em uma escada (talvez me engano) tomando chimarrão, uma linda foto, uma linda garota.
Minha foto foi julgada horrível por ela, era eu com uma camiseta de banda, olhos arregalados e com semblante de um bêbado (e de fato estava). Pediu para ver outra foto de cara, imaginei logo, não gostou do que viu. Tratei de achar uma um pouco melhor.
Iniciado o contato no Facebook aumentou o leque de fotos, algumas mais belas e outras nem tão belas.
Nosso contato se tornou frequente já nos primeiros dias, muito frequente semanas depois.
Eram dezenas de SMS durante um dia, eram ligações frequentes e uma grande preocupação um com o outro. Ela era uma grande amiga, jamais me impediu de sair, mas sempre cuidava e aconselhava como um anjo da guarda.
O tempo foi passando e o sentimento um pelo outro foi crescendo, se tornando algo que acreditávamos ser amor, apesar de eu negar a mim mesmo. Não que talvez eu não à amasse, não que ela não fosse uma menina boa o bastante para mim. Acontecia que o medo de encarar a vida se tornava maior que eu, esse medo quase me fazia fugir dela, fugir desse sentimento.
Era rotina sair com um grupo de amigos pra festas de rock, pra eventuais jantas, bebedeiras em calçadas, tudo simplesmente no intuito de beber, podia até conhecer garotas, mas o objetivo maior era beber, com o tempo acabei começando a sair com uma amiga, essa amiga a Jeni era parceria, uma figuraça, comíamos lanche, saiamos para jantar, chagamos ir a festas juntos, isso tudo só na amizade, sem paquera, azaração, só lealdade e arriação.
Em uma noite de sábado, depois de já estar falando há alguns meses com a Maria, e lutando contra meus sentimentos, fui em uma janta na casa de um amigo. Janta essa que era só pretexto, o negócio era beber, e bebi todas, mal jantei e comecei a passar mal, fui voltar para casa caminhando, no caminho comecei a soltar os bofes na beira da rua, vomitei tudo que tinha comido e bebido. Passei muito mal enquanto ia embora.
Resolvi parar de trocar mensagens e ligar pra Maria, mesmo sabendo que ela tinha pedido para que eu não bebesse, dizia se preocupar comigo. Ela brigou tanto comigo, brigou mais do que minha mãe jamais tinha brigado em minhas bebedeiras, me fez prometer que não beberia mais desta maneira, que se fosse beber beberia socialmente e não como um louco. Aceitei o acordo e daquele dia em diante meu sentimento aflorou mais ainda, pois ela mostrou que realmente queria meu bem.
Dias depois acabei por desabafar com minha amiga Jeni sobre a tal menina de Cachoeira, falei tudo sobre a Maria e meu sentimento por ela, como da habito a Jeni logo começou a me zoar dizendo mil coisas, e me causando um grande nervosismo quanto ao assunto e disse que apesar das piadas apoiava o romance.
Podendo por tudo em risco acabei apresentando a Maria para Jeni, apresentei por telefone, já que nem eu mesmo conhecia a Maria pessoalmente. A Jeni adorou a Maria, me deu maior apoio para fazer o que eu desejava, o que o medo quase me forçava a não fazer.
Foram meses de um sentimento intenso, de SMS, ligações, mensagens no face, publicações trocadas, até a coragem de tornar o virtual em real vencer o medo.
A Maria me contou que seu pai morava em Capão da Canoa onde trabalhava, ela provavelmente viajaria para lá nas férias e ficaria muito mais perto para nos conhecermos, e assim eu poderia visita-la. A ansiedade aumentou ainda mais, eu tentava buscar coragem.
A coragem veio com uma pequena ajuda da Jeni, que em uma noite no início do verão de 2012, quando iriamos comer uma pizza em minha casa, resolveu simplesmente contar aos meus pais que eu estava namorando. (Namorando? Nem eu sabia disso! Não oficialmente)
Simplesmente sentada junto a mesa conversando com minha mãe, disse:
-Dona Rose, sabia que o Pive está namorando?
Meus pais arregalaram os olhos, questionaram, e tamanha minha vergonha, acredito que a Jeni respondeu mais que eu, com certeza ela falou mais que eu. Ela contou quem era a Maria, de onde era, e o que não ela não sabia eu me obrigava responder.
Foi um sufoco, mas com meus sentimentos expostos para minha família, criei coragem em aceitar conhece-la, após meses de um sentimento que só podia ser amor.
Resolvemos que eu viajaria para Capão da Canoa onde ela estava, a conheceria e resolveríamos nossa situação. Veríamos olho a olho se nosso sentimento era amor.
Capão da Canoa não é muito longe de minha cidade Igrejinha, algo em torno de 130km, bem menos que Cachoeira do Sul que chega aos seus 280km.
Viagem marcada pro dia 23 de dezembro, um domingo, como era véspera de Natal e eu encontraria-a pela primeira vez naquele dia, resolvi levar um presente. O que levar para uma garota na qual conheço intimamente, porém nunca vi pessoalmente?
De alguma forma resolvi dar um urso de pelúcia e colocar meu perfume nele. Depois de alguma procura, e muita dúvida de qual escolher, comprei. Um urso grande e marrom segurando um coração vermelho, um lindo presente pensei eu.
Dia 23 de dezembro cedo da manhã embarquei na rodoviária rumo a Capão, foram mais de 2 horas de viagem repleta de ansiedade, eu e o Urso traçando nosso futuro. Cheguei em lá era por volta das 10 horas, desembarquei naquele local desconhecido, esperando por alguém, alguém que amava e nem sabia o quão real era.
Minutos depois de minha chegada ao lado oposto da rua onde eu a esperava a vi chegar, reconheci pelo o modelo do carro, fiquei imóvel, suando frio, sem saber como agir.
Ela desembarcou e veio caminhando até mim, nos abraçamos, nos cumprimentamos. Lembro que meu maior medo era seus pais, e ambos estavam no carro esperando por mim.
Após um breve comprimento ao pai dela, embarquei no carro e fomos dar uma volta, eu, ela, o pai e sua mãe. Perguntando brevemente quem eu era, o que fazia e tudo mais, eles iam andando pelas ruas de Capão, ruas para mim até então totalmente desconhecidas. Passamos pela praia, e chegamos em uma casa, a casa onde ela passaria as férias, onde seu pai morava.
Eu tremendo, só torcia para que não me convidassem para entrar, estava tremendo, queria me esconder, a vergonha era demais.
- Acho que vocês querem dar uma caminhada, conversar, se conhecer melhor. Aliviei quando me falaram isso.- Vão dar uma caminhada até a praia, mas voltem para o almoço.
Concordei, mas estava com vergonha de voltar, queria almoçar em algum lugar diferente, só eu e minha amada.
Antes de sair, a Maria abriu o seu presente, ficou toda feliz dizendo que adorou o urso (adorou tanto que diz até hoje que é o melhor presente que já ganhou), entregou o presente para sua mãe
Do nosso primeiro beijo não lembro de muitos detalhes, lembro que foi em uma calçada ali perto, eu disse que precisava fazer algo que queria a muito tempo, e o beijo aconteceu. Naquela primeira caminhada que fomos dar, nos perdemos, descobri que na praia as quadras são muito parecidas e as ruas não saem onde imaginamos.
A Maria me convenceu a voltar e almoçar, o almoço foi delicioso, um churrasco feito pelo pai dela. Eu estava ali e ela tentava me tranquilizar diante de seus parentes que até então eu desconhecia. Depois do almoço voltamos à sair, caminhamos pela praia, conversamos muito, ela me mostrou lugares que marcaram sua infância, como uma casa onde sua tia morou anteriormente. Ali sentamos e ficamos namorando um bom tempo.
Quando voltamos, tive que voltar a encarar a família, encarar meus medos, pois sabia que ela gostaria que eu fizesse algo que eu jamais tinha feito, pedir a mão de uma garota em namoro.
Mesmo com todo meu nervosismo, com minhas mão tremendo e com dificuldade de escolher as palavras, consegui pedi-la em namoro.
Na tarde de 23 de dezembro de 2012, oficializamos nosso namoro.
Graças a Deus os pais delas foram legais comigo e aceitaram nossa relação, relação que hoje 23 de maio de 2015 completa 2 anos e 5 meses.
Escrevo este texto com uma pequena homenagem ao nosso amor, e principalmente como um agradecimento pela persistência ao me conquistar, pois depois de meses eu tentando fugir tenho a dizer que tudo valeu a pena e aconteceu da maneira que deveria acontecer.
TE AMO


Não é nossa melhor foto, mas é a primeira foto que tiramos juntos!

3 comentários: