terça-feira, 12 de outubro de 2010

Uma noite em tanto

Uma noite em tanto




Era um grande dia para mim, o show da banda que eu amava,começava a meia-noite e assim foi, lá estava eu. Na hora, em meio a um tumulto mais de 20 mil pessoas todos querendo ver de perto, consegui chegar a poucos metros da banda, sempre adorei Rock, mas nunca fui de fazer agito em show, me sentia um estranho em meio a tanta gente e tanto agito tudo aquilo estava se tornando uma chatice. A não ser pelo show que estava ótimo, meu amigo ainda estava triste, pois sua garota não tinha ido, éramos dois estranhos no paraíso, ou talvez no inferno. O Show foi do “caralho”, mais de duas horas de rock. Em meio ao público podia ouvir garotas gritar sexo drogas e Rock n’ Roll, talvez fosse isso que procuravam, mas não o que eu procurava.
O show acabou às duas da manhã, a galera se dispersou todos se espalharam pelo lugar, fui beber a minha primeira bebida, bebi rapidamente, Mike e eu voltamos a andar pelo local, todos os amigos que encontrei estavam bêbados, senão estavam calculando a porcentagem entre foras e beijos. E eu totalmente sóbrio e louco para sair dali, não achava aquilo no mínimo engraçado, Mike não mostrava interesse pela festa, a ele parecia não ter graça sem sua amada. Voltei a pegar uma bebida, tomei-a em apenas três goles, eu não queria estar ali. Em meio ao tumulto ninguém se respeitava, um pedido de licença era levado como ofensa para muitos, mas uma cantada barata era um luxo. Eu e Mike resolvemos ir para casa, porém eu não queria ir para sua casa como o combinado e sim para a minha, pois queria ficar quieto com meus pensamentos.
Quando chegamos ao portão da festa, pude ver um casal brigando, a garota era linda, vinte e poucos anos, loira, lábios carnudos, e lindos olhos verdes, seu rosto estava lavado pelo escorrido de suas lagrimas. Sua maquiagem manchava seu rosto de negro. Em meio às lagrimas, ela exclamava pedidos de desculpas... Naquele momento deixamos a festa, e aquilo, foi apenas o que vi. Caminhando pela calçada, paramos para comprar um lanche antes de ir. “A caminhada seria solitária e longa para os dois”. Ao me despedir de Mike, passa por mim aquela garota, de cabeça baixa usava os punhos para secar suas lagrimas, fui caminhando seguindo seus passos, em alguns metros eu a alcancei. Ao passar em seu lado ela olha em meus olhos e diz:
- Desculpas, pelo vexame a sua frente, eu fui agarrada à força pelo meu ex-namorado, e acabamos discutindo!
- Notei que discutiam muito, vi que você pedia muitas desculpas! Por quê? (perguntei-a com um ar de duvida)
Com um sorriso sem graça, ela respondeu:
- Ele ainda diz me amar, mas, eu acabei ficando com um cara em sua frente, acho que ele jamais vai me perdoar!
As lagrimas já não corriam em seu rosto, o papo estava à acalmando foi quando paramos, nos abraçamos, entre suspiros leves, ela me disse calmamente:
- Se esbarramos por ai! Foi um prazer te conhecer!
Disse ainda abraçando-a:
- Eu jamais à esqueceria, pois aquela, era uma noite péssima, que acabou melhorando graças a ela!
Após o abraço, ela saiu caminhando em longos passos por uma viela escura dizendo que morava logo ali. Eu continuei caminho cabisbaixo pensando em muitas coisas que podia ter dito, e não disse, continuei meu caminho, pois ainda faltava muito ate minha casa. A rua estava deserta, uma leve garoa deixava aquela noite gelada, foi quando lembrei que nem havia perguntado o nome daquela que animou minha noite. Neste momento olho em meio o asfalto, e vejo um cão da raça labrador, ele corria loucamente, a me ver ele acalma e vem ao meu redor na calçada.
Foi caminhando comigo, era uma cachorra, amarela, linda por sinal. Por muitas vezes parei de caminhar e ela parou junto a mim, como se fosse me proteger, chamei-a para perto de mim. Quando me agacho para lhe alisar ela pula sobre meu peito, como e quisesse me beijar ela tenta lamber meu rosto. Quando volto a caminhar, ela fica juntinha a mim como se seguisse meus passos, mas antes de chegar a minha casa, ela para em nosso portão, como se conhecesse onde eu morava.
Quando destranquei o portão, a cachorra foi entrando e me esperando logo ali como se quisesse entrar na casa comigo, mas pedi para que ela saísse. Assim ela fez após sair deitou em frente ao portão, eu virei de costas e fui entrando. Foi quando ouvi um “Pssiu”. Totalmente assustado eu olhei, por que achei ter ouvido uma cachorra soviar, mas a cachorra não estava mais lá, vi a garota que conheci na saída da festa com uma coleira nas mãos.
- Achei a coleira de sua cachorra ela é muito bela, estava aqui quando eu cheguei, mas ao me ver ela correu pela rua!!!(Disse a garota com um leve sorriso nos lábios).
Eu assustado em rever a garota, não vendo a cachorra que ali estava. Apenas disse que a cachorra não era minha, que apenas me acompanhou até ali.
- Ata, fica com a coleira como lembranças de quem te acompanhou até em sua casa, desculpas meu nome é Gabriela e aqui esta meu telefone (disse a garota me dando a coleira juntamente com um papel onde tinha seu nome e numero).
A garota pediu se podia entrar, pois seus pais ah tinham deixado para fora de casa queria apenas um lugar para dormir que não iria incomodar, ao amanhecer já sairia.Eu a deixei entrar, nisso ganho um beijo suave e um obrigado. Eu a coloquei para dormir na cama do meu irmão, pois ele não voltaria naquela noite, pois pousaria na casa de sua namorada. Antes das 8 horas da manhã, acordei assustado achando que tudo aquilo era um sonho, quando olho a cama do meu irmão noto que ela está feita, resolvo ir até a cozinha beber água, noto que minha chave esta sobre a mesa. Mas a porta estava só encostada, ao abrir, vejo a cachorra deitada sobre o tapete usando a coleira. Eu assustado corri até o portão, mas, nem sinal da garota. Meus amigos até hoje dizem nunca ter conhecido uma Gabriela com tal perfil, na rua onde ela disse morar existem apenas lojas, faz muitos anos que não tem nenhuma residência ali... A cachorra ainda esta aqui em casa, é minha melhor amiga. Quanto à garota, tentei ligar a ela por uma semana e sempre a mesma coisa, fora de área! O Mike disse nem lembrar ter visto nada, quanto a tal discutição entre o casal, eu nunca mais vi aqueles lindos lábios que beijei...
OBS: Este texto é de minha autoria, foi criado sobre alguns fatos que vi noite passada, porem nada disso que escrevi é totalmente verdade e entendam o que quiser da historia!

“Não é real!”.

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